domingo, 12 de junho de 2011
Esperança Amarela
A noite estava completa, havia lágrimas no travesseiro gotejando sem parar.
Outro momento decisivo.
E o tempo costumava agarrar forte nos seus pulsos e arrastra-la sem parar.
Oi, estamos no presente, a vida continua com ou sem.
Doía, mas nada já importava, porque já conhecia a sensação da falta.
Os gritos de ódio que arranhavam sua garganta não lhe machucavam.
Eram lamentos de culpa, culpa de existir.
Inútil, porque essa raiva virava lágrimas de amor que gotejavam sem parar.
Cansada, cansada de desgastar tempo.
Exausta de perder a esperança amarela.
Vamos culpar o mundo para todo o sempre, culpar os maus feitos...
Culpar o orgulho, por não deixar admitir os nossos erros...
Culpar o destino por não nos deixar continuar juntos por sempre.
O tempo esgotou, meu amor.
O nosso amor se tornou gelo.
Gelo, que não dá para quebrar.
Gelo duro de mais.
Gelo inutilmente culpado.
Só nos resta chorar, meu bem, somente chorar.
Por que as estrelas nunca mais brilharam como seu sorriso.
Essa sorte escapou, meu amor, me desculpe, me desculpe.
Chegou o fim, o fim inesperado, querido...
O fim inevitável
Onde histórias de amor acabam inacabadas.
Desculpe amor, desculpe.
O café com leite de rosas acabou.
O pudim, doce como nuvens terminou.
Em um presente atormentado, sua esperança amarela continuava plantada no seu peito.
Corra, amor, recupere-a.
Mas, ninguém apareceu, apenas palavras erradas que afundou o barco com gelo.
E sua esperança amarela foi jogada no vento.
Agora ela reza por uma salvação inútil.
Sua alma está apodrecendo na solidão.
Contemplando as estrelas, desejando que onde estiver, esteja contemplando-as também.
Terras diferentes, mentes diferentes.
Saiba amor, elas querem gritar para você o quanto te amei e o quanto te amo!
Não importa que não queira saber. Elas estarão sempre ai para lhe lembrar.
Jogue essa sorte nos céus, porque a esperança amarela se foi, querido.
Se foi.
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